sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PÉROLAS

perolas_vestibular_pucVez por outra a gente recebe, por e-mail, algumas das chamadas “pérolas” das provas do ENEM. Tudo muito engraçado, como por exemplo: “O problema ainda é maior em se tratando da camada Diozanio” (eu nem sabia que a camada tinha esse outro nome...) ou “O grande problema do Rio Amazonas é a pesca dos peixes” (ou será a pesca dos pássaros?) ou ainda “são formados pelas bacias esferográficas” (será que as fábricas de canetas tornaram-se complexos hidrográficos?). Mesmo engraçadas, sempre tenho minhas dúvidas se estas pérolas são mesmo verdadeiras, ou se foram inventadas para divertir.

Hoje uso este espaço para repartir com você, querido leitor, algumas das pérolas que ouvi numa palestra que assisti. Estive na cidade de Ponta Grossa para um Concílio de Pastores e a última palestra esteve a cargo de um pastor e professor que guardo com carinho e admiração. No alto dos seus quase 80 anos e com mais de cinco décadas no ministério pastoral, este querido pregador (doutor em Teologia, mas autodenominado apenas “pastor Leopoldo”) é um homem já bastante consumido por problemas de saúde, mas revigorado em sua fé nas promessas de Deus. Eis algumas das pérolas que ele compartilhou conosco, com base nas anotações feitas:090924leopoldo1

“Deus, às vezes, é legal. Quer dizer, Ele sempre é legal. Mas, às vezes, também é exótico. Eu jamais poderia imaginar que minha última tarefa pública no ministério pastoral seria exatamente na cidade onde iniciei meu ministério. (e tirando os sapatos, declarou:) Tiro meus sapatos porque estou em terra santa, uma terra que o Senhor me concedeu para anunciar corajosa e destemidamente o seu evangelho”.

“Além dos quatro pontos cardeais, existe um quinto: o lugar onde estamos. Precisamos saber o momento que vivemos e as pessoas com as quais convivemos. Se a igreja não souber ler e entender o seu contexto vivencial, sua mensagem pode acabar sem sentido”.

“Muitas vezes, dentro da igreja, vivi momentos de censura, repressão... Alguns pensaram até que eu fosse um herege. Outras vezes eu mesmo censurei. Mas uma verdade permanece: eu amo a minha igreja e vou morrer nela, porque ela me anuncia a coisa mais maravilhosa que existe: que Cristo me perdoou e salvou, por pura graça”.

“Vocês acreditam em milagres? Se vocês não acreditam, não podem ser pastores nem visitar enfermos no hospital. Meu filho Martim esteve morto, de acordo com o laudo médico, mas meu outro filho o viu suspirar. Ele viveu mais 12 anos e foi professor e diretor de escola. Até que chegou a hora em que Deus me disse: “Leopoldo, doze anos está de bom tamanho, não? Pois bem... Agora vou trazê-lo para junto de mim”. E Martim partiu para encontrar-se com o Senhor”.

E terminou assim: “Certa vez, visitei o Museu do Ouro, em Bogotá, na Colômbia. Ao ir para um andar superior, saímos do elevador e chegamos à sala, quando uma combinação de luzes e sons nos surpreendeu tanto que a única reação foi um espantoso: “Oh!” Era tudo tão lindo, que faltou palavras. Queridos, quando Jesus nos chamar e nos abrir a porta celeste, por sua maravilhosa graça, penso que esta também será a nossa reação: “Oh!” Muito obrigado!”

Essas pérolas não são engraçadas. Mas, graças a Deus, são verdade.

(p. Júlio Jandt)

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